sexta-feira, 7 de agosto de 2009

FORTE ATÉ QUE DURE.






Leio o tempo todo que no futuro a humanidade terá remédio pra tudo. Serão descobertas as curas pro câncer e pra Aids. Dor então, será uma das sensações mais raras do mundo! Lembro do tempo de criança, quando me esfolava na calçada de casa, e tentava esconder as feridas, justamente pra não ter que enfrentar o mercúrio, ardia pra caramba! Sem contar que mais parecia um vidrinho de tinta vermelha, do que medicamento.
Quantas novas doenças também não surgiram. E com elas, as novas vacinas e medicamentos para prevenção. Mas existe uma dor que jamais vai ser extinta. Driblada talvez. Uma dor mais profunda que corte de bisturi. Mais intensa que a pior das enxaquecas. Uma dor interna: a dor no peito, no coração. A tal da infelicidade.
Como eu disse, sim, ela pode ser driblada. Mas não extinta. Algumas pessoas dizem que antidepressivo resolve o problema, mas acho que ele age mais como um placebo do que uma cura em si. Aliás, na verdade, as pessoas sempre procuram solucionar esse problema por meio de fatores externos (que é principalmente o caso das mulheres), recorrendo a plásticas e mudanças físicas, meramente superficiais.
Porém, me pergunto como algo externo pode resolver um problema que é interno. Como um par de sapatos novos ou uma levantada nos quadris pode tornar todo mundo mais feliz. Enfim, só quero dizer que por mais que a ciência esteja ganhando espaço e caminhando a passos gigantescos quando se trata em expectativa de vida da população, isso não é o bastante. Pode ser que você atinja os 150 anos, e pode ser que por mais que você tente, será infeliz até o último batimento cardíaco.

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